As duas maiores dores da igreja | Ide & Sustentai

As igrejas – sejam elas de pequeno, médio ou grande porte – independentemente do seu tempo de ministério e caminhada de fé, enfrentam desafios e possuem certas dores. As dores da igreja, entretanto , tendem a não ter a atenção que deveriam devido a dificuldade que o mostrar-se vulnerável acaba por gerar.
As duas maiores dores da igreja, no entanto, são complementares entre si, e dependem profundamente uma da outra.
O “Ide” refere-se ao grande comissionamento de Cristo, descrito em Marcos 16:
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” (Marcos 16:15).
Esse mandamento dado por Jesus aos seus discípulos refere-se à ordem do evangelismo e da salvação de novas almas, pregando a novidade do Evangelho e o amor do Senhor em entregar a vida de seu único filho para a redenção do mundo.
O “Sustentai”, por outro lado, caracteriza-se como um desdobramento da primeira ordem, considerando que, depois que a mensagem é levada, uma igreja começa a se levantar – e a se estruturar.
E a igreja, por sua vez, precisa ser mantida e zelada enquanto obra do Senhor. É nesse cenário que a ordem de sustentar a igreja entra em voga.
O Head de Marketing do Atos6, Bruno Mello, teve uma conversa muito interessante com o pessoal da ChurchCOM através do podcast “Construir jornadas para a comunicação PHYDIGITAL” acerca dos desafios e das tendências da Igreja digital – e como um todo – hoje em dia.
Pensando nisso, elencamos os principais desafios de cada uma dessas dores da igreja, a fim de abordar e orientar como devemos proceder em cada uma delas. Boa leitura!
Ide e pregai – Principais desafios
É certo que, cada vez mais, aparecem novas formas, novas ferramentas e novos meios de propagar o evangelho. Diversos são os projetos missionários realizados pelo Brasil afora, mantidos pelas igrejas locais.
Ainda assim, muitas igrejas – a sua maioria, na realidade – encontram desafios e problemáticas no momento de “ir a campo” e pregar o evangelho, e que, infelizmente, são vencidos por tais desafios a ponto de desistirem do “ide”.
Aquelas que persistem, além disso, ainda assim continuam caminhando com muita dificuldade, sem uma motivação contagiante que seja capaz de mantê-los de pé.
Nesse cenário, elencamos os principais desafios que as igrejas encontram no cumprimento do ide de Cristo – uma das dores da igreja. Acompanhe e reflita:
#1 Conformismo
Segundo o dicionário, a palavra conformismo significa: “atitude ou tendência de se aceitar uma situação incômoda ou desfavorável sem questionamento nem luta; resignação, passividade.”
No contexto das igrejas, o conformismo tende a abalar muita gente. Não é de surpreender a quantidade de membros que congregam na igreja, mas que não exercem nenhuma função na obra do Senhor.
Certamente, há variadas desculpas e justificativas para tal ato, mas a maior delas está no fato de que essas pessoas estão conformadas no lugar onde estão, e portanto, não veem a necessidade de se movimentarem em direção a algum avanço.
Certamente, esse desafio é um dos principais oponentes da missão que Cristo designou ao seu corpo. O Ide vai contra todas as tendências naturais do ser humano, que envolvem:
- Evitar esforços grandes;
- Sacrificar a si mesmo;
- Renunciar às próprias vontades;
- Importar-se mais com o outro do que com si próprio.
A grande comissão de Cristo, porém, desafia os seres humanos a lutarem contra a própria natureza, e que portanto, certamente é uma tarefa difícil para todo mundo.
Ainda assim, não há nada mais recompensador do que isso: dar a vida por amor a muitos. Inclusive, lembra muito a postura de Jesus.
#2 Limitações pessoais
O segundo desafio extremamente frequente no Ide, são as limitações pessoais de cada indivíduo.
É certo que, pelo fato das pessoas serem subjetivas e possuírem diferentes personalidades e habilidades, haverá pessoas que terão muito mais facilidade no evangelismo do que outras.
Alguns desafios frequentemente mencionados são:
- Timidez;
- Dificuldade de comunicação;
- Falta de conhecimento;
- Insegurança;
- Entre outros.
Em contrapartida, mesmo que esses argumentos sejam considerados “válidos” para algumas pessoas, o Ide de Cristo é para todos, sem exceções.
Além disso, hoje em dia existem inúmeras ferramentas que possibilitam a propagação do evangelho, em detrimento do “boca a boca”.
Veja alguns exemplos:
- Redes sociais: Atualmente, as redes sociais são uma das ferramentas que mais geram engajamento e possuem um alcance grandioso.
- YouTube: Os vídeos também são ótimos instrumentos para falar de Jesus sem que seja “pessoalmente”. Diversos canais têm abençoado milhões de pessoas ao redor do mundo através de devocionais, pequenos sermões, entre outros.
- Livros e blogs: Sua escrita também é uma forma de levar o amor de Jesus às pessoas. Portanto, se você possui essa habilidade, não deixe-a em vão: utilize-a para a glória de Deus.
- A arte: Uma das formas mais lindas de propagar a mensagem da cruz a toda criatura é a arte. Sejam as artes plásticas, a literatura, a música, a dança, o cinema, o teatro ou outras, utilize a arte para a glória do maior Artista de todos.
#3 Recepção das pessoas ao evangelho
Uma das dores da igreja mais desafiadoras que abrangem o Ide, é a recepção da mensagem anunciada por parte daqueles que a escutam.
Com certeza terão pessoas gentis e simpáticas que aceitarão serem abordadas e escutarão o que você tem a dizer. Em contrapartida, também haverá pessoas que não irão receber a Palavra da forma que você espera.
Isso, inclusive, está entre as maiores causas da Igreja desanimar no meio da caminhada do Ide. Mas não é assim que tem que ser.
Em primeiro lugar, precisamos aprender e entender qual é a nossa parte nessa missão. Somos apenas figurantes, instrumentos nas mãos de quem realmente faz. É o Espírito Santo, portanto, que protagoniza todas as coisas, sendo nós apenas usados por Ele.
Quando compreendemos isso, passamos a aprender a deixar todas as coisas nas mãos de Deus e descansar, sabendo que nada é efetivamente sobre nós.
#4 Falta de voluntários
Esse desafio, na realidade, atrela-se a uma pergunta que precisamos refletir: para você, o que realmente é o campo missionário?
Muitas pessoas tendem a imaginar o comissionamento de Cristo como algo relacionado a grandes missões em países distantes e extremamente necessitados.
Em contrapartida, nas palavras de Jesus:
“Contudo, recebereis poder quando o Espírito Santo descer sobre vós, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra!” (Atos 1:8 – King James Atualizada).
Jesus nos orienta que a missão e o Ide não estão exclusivamente relacionados ao ir para fora do continente e alcançar variados povos e culturas.
Todavia, Ele disse que seríamos suas testemunhas em Jerusalém (lugar onde estamos), Judeia (lugar próximo de onde estamos), Samaria (locais mais distantes), e até os confins da terra (em todo o mundo).
Certamente o campo missionário são os países distantes e remotos, que precisam desesperadamente de ajuda. Entretanto, nossa cidade, nossa vizinhança e até mesmo a nossa própria casa também são nosso campo missionário, cheio de pessoas que precisam também, desesperadamente, de ajuda.
Portanto, que nos voluntariemos para a causa de Cristo, com o coração disposto e os ouvidos sensíveis.
“E lhes disse: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Portanto, peçam ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita.” (Lucas 10:2 – NVI).
Sustentai – Principais desafios
Sustentar e manter uma igreja firme no propósito do Senhor não é uma tarefa fácil, sendo portanto, uma das maiores dores da igreja.
Com certeza haverá pessoas que possuem mais facilidade no pastoreio do que no evangelismo em si – no ganhar a pessoa para Cristo. Em contrapartida, os maiores desafios são aqueles atrelados ao sustento da obra, em todos os âmbitos.
Isso porque, diferentemente da primeira ordem, o sustentar é uma tarefa contínua, sem um fim definido, enquanto o ide possui em si um desfecho – quando a pessoa decide em seu coração que quer iniciar a sua caminhada com Cristo.
Veja alguns desafios enfrentados pelos pastores e líderes da igreja:
#1 Implantar na igreja a cultura da contribuição e da generosidade
Claramente, uma das maiores dores das igrejas e de seus pastores é a implantação de uma cultura de generosidade na mente dos membros.
Todas as igrejas possuem despesas a serem pagas e investimentos a serem feitos. Por isso, além de possuir uma gestão financeira eficiente e bem estruturada, toda igreja precisa de fiéis dizimistas e ofertantes verdadeiramente comprometidos com a obra.
Uma dica preciosa para você: plante através de suas palavras e atitudes, a visão correta da generosidade e do plantio na mente e coração dos seus membros. Dessa forma, se alguém possuir uma visão distorcida das finanças na igreja, essa pessoa será instruída da maneira correta e bíblica.
Lembre-se: é importante que seus membros enxerguem a doação como uma forma de demonstrar amor e obediência, e não obrigação, peso ou como uma “moeda de troca”. A palavra nos diz:
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.” (Malaquias 3:10 – ACF).
#2 Integrar os membros da igreja ao serviço do Reino
“Quem prega pregue a palavra de Deus; quem serve sirva com a força que Deus dá. Façam assim para que em tudo Deus seja louvado por meio de Jesus Cristo, a quem pertencem a glória e o poder para todo o sempre! Amém!” (1 Pedro 4:11 – NTLH).
Outro desafio que as igrejas tendem a enfrentar e que abrange o “sustentar”, está relacionado à integração dos membros no serviço do Reino, de acordo com suas funções, habilidades e dons.
Entretanto, é importante refletirmos no fato de que todas as pessoas possuem seu lugar no corpo de Cristo, de acordo com os dons que o Espírito Santo as concede e conforme cada um deseja.
Por isso, divulgue publicamente os departamentos da sua igreja, e incentive que seus membros façam parte de algum deles.
Lembre-se que, antes de tudo isso, é essencial motivá-los a participarem de uma célula, a fim de serem cuidados e discipulados por um líder.
#3 Manter a motivação e o foco na coisa certa
Manter a motivação é um fator decisivo no sustento de uma igreja.
É claro que, como seres humanos, tendemos a variar nossas ideias, emoções e humores constantemente. Em contrapartida, quando se trata do Reino de Deus, as emoções não podem nos dominar, visto que a fé é uma escolha racional.
Por isso, percorremos a corrida do cristão com convicção, sem variar como as ondas do oceano, mesmo que nos momentos mais duvidosos e difíceis.
Nas palavras de Paulo:
“Portanto, irmãos, rogo pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.” (Romanos 12:1 – NVI).
Assim, cabe a cada um de nós prestarmos nosso culto racional mesmo em meio às maiores dores da igreja. Sabemos, contudo, que é certo que venceremos.
Como a tecnologia pode te ajudar
No tratamento das dores da igreja, surgem ferramentas excelentes para nos auxiliar a permanecer percorrendo o caminho do Ide e do Sustentai.
É nesse cenário que entra a tecnologia, em especial, o sistema de gestão para igrejas. Essa ferramenta, além de auxiliar você na execução de uma gestão efetiva, também te auxilia em diversos processos que, anteriormente, eram feitos de forma manual.
Você já conhece o Atos6?
Somos uma plataforma que auxilia as igrejas a gerenciar com eficiência e automatizar vários processos num único lugar. Dentro das funcionalidades da ferramenta, é possível:
- Aumentar o alcance e o engajamento das pessoas;
- conhecer a fundo os membros;
- acompanhar novos convertidos;
- receber doações mensais de qualquer lugar;
- gerenciar seus cursos, turmas e alunos de forma simples e eficaz;
- fazer gestão de pequenos grupos ou células;
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Leia também: Saiba como otimizar a gestão de ensino da sua igreja.