4 lições de gestão que aprendemos com Neemias

A Bíblia, para além de um livro sagrado que nos instrui à Verdade e nos orienta em nosso modo de viver como forasteiros nesse mundo, também nos ensina em diversas outras áreas e nos passa lições valiosas – como as lições de gestão, por exemplo. As de hoje são baseadas em Neemias. Continue lendo!
Leia e aprenda com outras personalidades da Bíblia:
- 4 lições de gestão que aprendemos no livro de Atos, capítulo 6;
- 5 lições de gestão que aprendemos com José do Egito;
- 4 lições de gestão que aprendemos com Moisés, um líder influente na bíblia.
Antes de você aprender a gerenciar melhor a sua igreja com a história de Neemias, porém, você precisa saber…
Quem foi Neemias
Neemias viveu por volta de 445 ou 444 a.C, após a queda do Império Babilônico diante do Persa, e foi um dos descendentes daqueles que foram levados para a Babilônia pelo rei Nabucodonosor.
Esse grande homem foi copeiro do rei persa Artaxerxes I e, como na época Judá era uma província do Império Persa, Neemias vivia no palácio de Susa.
Certa vez, Hanani – irmão de Neemias – visitou o palácio e relatou a ele a situação em que Jerusalém se encontrava, com seus muros destruídos e portões queimados. Conforme a cultura, eram justamente os muros que representavam a força e autoridade de uma cidade e, por isso, Neemias sentiu profunda tristeza mediante a situação.
Posteriormente, o rei persa percebeu a angústia de Neemias e lhe perguntou qual era o motivo de sua tristeza. Neemias então explicou ao rei o que se passava e conseguiu dele a permissão para retornar a Jerusalém a fim de reconstruir os muros da cidade, bem como todos os materiais necessários.
Sua chegada a Jerusalém e todo o processo de reconstrução dos muros, porém, não foram completamente tranquilos. Acompanhe!
Problemas e oposições encontrados
Neemias chegou a Jerusalém com total legalidade para a reconstrução dos muros, uma vez que o rei concedeu a ele todos os documentos necessários.
Todavia, isso não impediu que Neemias enfrentasse oposições tanto internas, quanto externas. Veja quais foram as principais dificuldades enfrentadas na gestão de Neemias mediante a reconstrução dos muros de Jerusalém:
- Oposições externas: Sambalate, o horonita, Tobias, o amonita, e Gesém, o arábio, foram homens com poder e relevância que tentaram a todo custo prejudicar Neemias através de insultos, emboscadas e até ataques armados. Além disso, quiseram induzir Neemias a entrar em um lugar permitido somente aos sacerdotes, com o intuito de destruir seu propósito em Jerusalém;
- Oposições internas: em Judá, problemas econômicos e sociais eram outros empecilhos diante de Neemias. Os trabalhos no muro fizeram com que a produção de alimentos caísse, considerando que os trabalhadores do campo estavam envolvidos na reconstrução. Além disso, as condições climáticas da época fizeram com que a crise se agravasse.
4 lições de gestão que aprendemos com Neemias
Mesmo diante de tantas oposições e atrapalhos na missão de Neemias – a de reconstruir os muros de Jerusalém – esse homem conseguiu completar toda a obra em apenas 52 dias, restabelecendo a autoridade da cidade. E não só isso.
Depois que os muros ficaram prontos, Neemias trabalhou em melhorias diversas dentro da cidade, tornando-se um líder memorável. Veja alguns de seus feitos:
- Delegou homens para diversas funções no governo, no templo e em outros serviços: “Depois que o muro foi reconstruído e que eu coloquei as portas no lugar, foram nomeados os porteiros, os cantores e os levitas. Para governar Jerusalém encarreguei o meu irmão Hanani e, com ele, Hananias, comandante da cidade forte, pois Hananias era íntegro e temia a Deus mais do que a maioria dos homens.” (Neemias 7:1-2 – NVI).
- Trabalhou em prol da restauração da adoração na cidade (Neemias 9);
- Preocupou-se com as festas tradicionais do povo e com as tradições que haviam sido abandonadas pelos governos anteriores;
- Organizou as pessoas conforme suas funções, para que todo o trabalho no templo fosse bem executado.
Diante disso, podemos elencar 4 principais lições de gestão que aprendemos com Neemias. Veja!
#1 Prudência
Desde o início dos relatos que encontramos no livro de Neemias, é possível percebermos uma postura prudente e temente a Deus. Neemias é descrito como uma pessoa de oração, era íntegro, demonstrava humildade e piedade.
Sua prudência fica explícita na forma como Neemias lidou com as afrontas dos três homens estrangeiros que tentaram a todo custo fazer a obra fracassar. Veja:
- Quando os opositores zombaram de Neemias, ele demonstrou otimismo e não se deixou abalar pelas críticas;
“Quando, porém, Sambalate, o horonita, Tobias, o oficial amonita, e Gesém, o árabe, souberam disso, zombaram de nós, desprezaram-nos e perguntaram: “O que é isso que vocês estão fazendo? Estão se rebelando contra o rei? Eu lhes respondi: O Deus dos céus fará que sejamos bem sucedidos. Nós, os seus servos, começaremos a reconstrução, mas, no que lhes diz respeito, vocês não têm parte nem direito legal sobre Jerusalém, e em sua história não há nada de memorável que favoreça vocês!” (Neemias 2:19-20 – NVI).
- Quando os opositores montaram ciladas para que Neemias interrompesse a reconstrução dos muros, ele foi firme em oração e manteve-se fiel a Deus;
“Quando, porém, Sambalate, Tobias, os árabes, os amonitas e os homens de Asdode souberam que os reparos nos muros de Jerusalém tinham avançado e que as brechas estavam sendo fechadas, ficaram furiosos. Todos juntos planejaram atacar Jerusalém e causar confusão. Mas nós oramos ao nosso Deus e colocamos guardas de dia e de noite para proteger-nos deles.” (Neemias 4:7-9 – NVI).
- No momento em que Neemias foi afrontado e acusado de rebelião e más intenções, sua postura foi humilde. Ele apenas orou e permaneceu trabalhando, sem retrucar seus opositores;
“Estavam todos tentando intimidar-nos, pensando: “Eles serão enfraquecidos e não concluirão a obra”. Eu, porém, orei: Agora, fortalece as minhas mãos!” (Neemias 6:9 – NVI).
#2 Visão estratégica
Ao longo de todo o período em que Neemias esteve na administração, sua visão foi estratégica e inteligente. Desde o começo, Neemias procurou delegar funções e organizar tarefas para que tudo se mantivesse organizado.
Primeiramente, Neemias precisou conversar com o rei, para que assim conseguisse permissão e recursos para sua missão. Depois, Neemias informou sua visão e solução aos anciãos e ao povo de Jerusalém. Até mesmo com os opositores, Neemias foi estratégico e agiu com sabedoria.
Dentro de uma igreja, a visão estratégica é primordial. Desde comunicação com os membros à gestão de finanças, ter estratégias bem definidas é a chave para um trabalho bem-sucedido.
#3 Zelo
O zelo de Neemias em todas as áreas é nítido ao longo de toda sua trajetória. Em primeiro lugar, sua motivação para iniciar o processo de reconstrução dos muros da cidade já foi, em si, um ato de zelo.
Posteriormente, enquanto administrava a obra e os trabalhadores envolvidos, Neemias demonstrou um comportamento zeloso tanto na administração da cidade, quanto nas coisas relacionadas ao templo, principalmente.
Seu temor a Deus se manifestava em seus esforços na revitalização da adoração em Jerusalém, na santificação da nação, na condução do povo à leitura e exposição da Lei feita pelo sacerdote Esdras (Ne 7:73-8:18), na confissão dos pecados (Ne 9:1-37) e no juramento que o povo fez em guardar os mandamentos da Lei.
#4 Justiça e integridade
Por último, e uma das lições de gestão mais preciosas de Neemias: a justiça e a integridade.
Neemias não tinha a obrigação de reconstruir os muros de Jerusalém, ainda assim, ele deixou o palácio a fim de cumprir essa missão, motivado por sua integridade e pelo desejo de ver a cidade sendo respeitada novamente. Neemias era um homem justo e temia a Deus.
O relato trazido por seu irmão o incomodou porque ele sabia que os mandamentos do Senhor não estavam sendo cumpridos como deveriam, e isso o motivou a sair de sua zona de conforto.
Fica aqui a reflexão: o quanto você se incomoda quando as questões da sua igreja não estão sendo levadas com a seriedade que é necessária? Sua atitude é parecida com a de Neemias – que anseia a justiça – ou não? As lições de gestão de Neemias são realidades na sua igreja?
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