4 lições de gestão que aprendemos no livro de Atos, capítulo 6

Embora sejamos a Igreja atual, inovadora e moderna, temos muito o que aprender com os primeiros cristãos. As lições de conduta cristã, viver a Igreja e – por incrível que pareça – também as lições de gestão que encontramos no decorrer dos textos, são bastante valiosas.
Ao longo das escrituras, desde o Antigo Testamento, é possível notarmos a forma como o povo de Deus se organizava. As noções de gestão e estruturação já se faziam presentes desde o povo hebreu da Antiguidade, fosse no deserto em direção à Terra Prometida, fosse já vivendo em Canaã.
Vemos, porém, o início da gestão de igrejas propriamente dita somente em Atos, já no Novo Testamento e no contexto da Igreja Primitiva. Anterior a isso, o conceito de igreja ainda não era constituído ou definido completamente. Continue lendo e compreenda!
A Igreja no contexto de Atos começa a se organizar
Em Atos, capítulo 2, está registrada a festa de Pentecostes, que além de marcar a descida do Espírito Santo, significou também o início da missão apostólica dos discípulos de Jesus e a criação da Igreja como uma instituição, que começava a se organizar.
Já no capítulo 6, lemos que o número de cristãos aumentava cada dia mais, e assim, problemas começaram a surgir:
Naqueles dias, crescendo o número de discípulos, os judeus de fala grega entre eles queixaram-se dos judeus de fala hebraica, porque suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária de alimento. (Atos 6:1 – NVI).
Com o crescimento das pessoas e a falta de uma gestão definida, era certo os problemas iriam surgir e os deveres tornariam-se grandes demais para que apenas os apóstolos resolvessem. Nesse cenário, e decorrido da necessidade de prover as viúvas que estavam sendo esquecidas, os discípulos tiveram uma ideia:
Por isso os Doze reuniram todos os discípulos e disseram: “Não é certo negligenciarmos o ministério da palavra de Deus, a fim de servir às mesas. Irmãos, escolham entre vocês sete homens de bom testemunho, cheios do Espírito e de sabedoria. Passaremos a eles essa importante tarefa e nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra. (Atos 6:2-4 – NVI).
Tendo em vista que os 12 apóstolos não poderiam abandonar o seu ministério – o de transmitir e ensinar a Palavra e as boas novas – foi estabelecido que sete irmãos seriam incumbidos do que, hoje em dia, chamaríamos de gestão. A partir daquele momento, as tarefas eclesiásticas seriam melhor administradas.
Tal proposta agradou a todos. Então escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, além de Filipe, Prócoro, Nicanor, Timom, Pármenas e Nicolau, um convertido ao judaísmo, proveniente de Antioquia. (Atos 6:5 – NVI).
O resultado disso, portanto, foi extremamente positivo.
Logo depois que essa organização passou a ser mais efetiva, lemos que:
Apresentaram esses homens aos apóstolos, os quais oraram e lhes impuseram as mãos. Assim, a palavra de Deus se espalhava. Crescia rapidamente o número de discípulos em Jerusalém; também um grande número de sacerdotes obedecia à fé. (Atos 6:6-7 – NVI).
4 lições de gestão que aprendemos no livro de Atos, capítulo 6
Diante de tantos resultados positivos, podemos tirar algumas nobres lições de gestão do capítulo 6 de Atos, que apesar de ser o menor dos capítulos deste livro, nos ensina tantas questões importantíssimas.
Veja a seguir 4 lições de gestão que aprendemos no livro de Atos, capítulo 6.
#1 Comunicação e alinhamento de visão
No versículo 2, lemos:
“Por isso os Doze reuniram todos os discípulos…”
Antes de tomar qualquer decisão que afetaria a comunidade que estava se formando, os apóstolos reuniram-se entre si a fim de falar sobre a situação que estavam passando, e comunicar a todos os demais discípulos, posteriormente, a decisão que haviam tomado.
Nesse trecho, aprendemos a lição número #1 sobre gestão dentro da igreja: a comunicação e o alinhamento da visão são primordiais para que as decisões certas sejam tomadas e para que toda a comunidade se beneficie.
Afinal, nenhuma gestão é bem-sucedida quando apenas uma pessoa – ou um grupo seleto de pessoas – atua nela e assume todas as responsabilidades, bem como quando a visão da equipe está completamente desalinhada.
Uma gestão bem-sucedida é exercida por um grupo de pessoas que focam os mesmos objetivos e estão alinhados conforme as mesmas metas e a mesma visão.
#2 Sabedoria e temor no momento de selecionar os responsáveis
No decorrer do capítulo 6, percebemos que todas as coisas são feitas sempre com sabedoria e temor a Deus. Desde a decisão inicial – a de delegar a tarefa a outras pessoas para que os Doze pudesse se dedicar à missão deles – até na escolha dessas pessoas. Veja:
“Irmãos, escolham entre vocês sete homens de bom testemunho, cheios do Espírito e de sabedoria.” (v3).
Os responsáveis a serem escolhidos não poderiam ser selecionados sem critério algum. Os apóstolos pediram que os homens fossem:
- Sábios;
- Cuja vida demonstrasse um bom testemunho e uma boa conduta;
- Cheios do Espírito Santo.
A escolha a ser tomada, portanto, tinha requisitos e condições, porque os discípulos de Cristo entendiam a seriedade e o tamanho da responsabilidade que os homens em questão teriam que assumir, e porque tinham temor a Deus e zelo pelas coisas do Reino.
Seguindo no mesmo versículo, inclusive, os apóstolos caracterizam a função como “importante”. Você, como pastor e líder, deve considerá-la da mesma maneira.
#3 Unção de Deus, que capacita e guia
Depois que os 7 homens foram selecionados, eles foram apresentados aos apóstolos e, em seguida, receberam oração e imposição de mãos. Isso aconteceu porque os discípulos compreendiam o valor da tarefa que seria executada, e que era o Senhor quem conduziria a obra, capacitando os escolhidos e guiando-lhes conforme a sua vontade.
A lição número #3, dessa forma, resume-se em: mesmo que falemos de gestão em um tom mais burocrático e corporativo, as igrejas permanecem sendo a casa de Deus, e portanto, são propriedades do seu Reino, devendo ser tratadas como tal. Uma igreja que é gerenciada e tratada apenas como uma empresa, certamente não está no caminho certo.
#4 Estabelecimento e delegação de funções
Das lições de gestão que aprendemos em Atos 6, certamente essa é uma das mais expressivas: no início da estruturação da igreja, os apóstolos entenderam a necessidade de delegar funções, porque sabiam que, caso não o fizessem, eles acabariam ficando sobrecarregados e não exerceriam seu ministério da melhor forma possível.
Como pastor de uma congregação, é importante que você entenda a importância de ter uma equipe bem estruturada de líderes e voluntários, prontos para servir e ajudar você na gestão da sua igreja.
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