O que fazer no discipulado? | 5 dicas práticas

Se você já se sentiu perdido e se questionou a respeito do que fazer no discipulado, não se desespere, queremos te ajudar.
A prática do discipulado, para além de uma ferramenta utilizada na igreja ou uma mera tradição, é antes de tudo relacionamento, comunhão e o corpo de Cristo em ação, podendo ser visto, sentido e vivido.
Veja o que o salmista fala no capítulo 133:
“Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união! É como óleo precioso derramado sobre a cabeça, que desce pela barba, a barba de Arão, até a gola das suas vestes. É como o orvalho do Hermom quando desce sobre os montes de Sião. Ali o Senhor concede a bênção da vida para sempre.” (Salmos 133:1-3 – NVI).
Discipulado, nessa perspectiva, é viver a vida cotidiana em Cristo tendo alguém para compartilhar todas as coisas: momentos felizes, momentos difíceis, conquistas, fracassos, pecados, tentações, vitórias.
Entenda um pouco mais detalhadamente sobre o tema:
O que é discipulado
O termo “discipulado” se popularizou enquanto ferramenta há não muito tempo atrás, tornando-se mais conhecido no Brasil com a implementação do MDA (meu discípulo amado), e com a visão do discipulado um a um.
Todavia, essa prática se faz presente na bíblia desde o antigo testamento, e percorrendo toda a escritura até o exemplo mais precioso de discipulado que já existiu: Jesus e os doze – para posteriormente se tornar Jesus e nós, aqui e agora.
Nas palavras de Cristo enquanto mandamento, temos:
“Foi me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mateus 28:18-20 – ACF).
Veja alguns exemplos de discipulado na bíblia:
- Os patriarcas (Abraão, Isaque, Jacó);
- Moisés e Josué;
- Elias e Eliseu;
- João Batista, que preparou o caminho para o Messias.
Hoje, a prática tornou-se ferramenta de consolidação, ensino e crescimento em grandes e pequenas igrejas, inserindo-se na cultura das igrejas em células e ganhando um papel extremamente relevante nas congregações.
“Mas…
O que fazer no discipulado?
… existe uma fórmula pronta?”
A resposta é não. Certamente que temos algumas “técnicas” a serem exercidas no discipulado – principalmente quando se está começando – mas a ideia não é que essa prática se torne engessada, como mais uma das milhares de tradições que já existem.
Na realidade, ela precisa se caracterizar como leve, edificante, útil, confrontante e cotidiana.
Pensando nisso – e em todos os equívocos envolvidos – preparamos 5 dicas práticas sobre o que fazer no discipulado. Aproveite a leitura e depois corre colocar ela em prática!
#1 Relacionamento contínuo
Como já falamos, o discipulado não é uma tradição ou uma cerimônia que exige formalidade e rigidez. Na realidade – e olhando para o exemplo de Cristo – o discipulado é a prática do cristianismo em comunidade , o investimento de uma vida na vida de outro.
Nessa perspectiva, precisamos entender que a prática do discipulado envolve relacionamento contínuo, e não apenas um encontro pontual na semana ou a cada 15 dias (embora isso também seja importante, abordaremos a seguir).
Assim, o discipulador vai estar continuamente ao lado de seu discípulo de forma direta ou indireta, em oração, mensagens de texto, ligações e na vida, no geral.
Além disso, cabe ao discipulador ensinar que seu discípulo deve perseverar, por exemplo, mas conjuntamente a isso, tornar-se o exemplo desse ato, que será visível acontecendo em sua vida, para que aconteça também na vida do discípulo.
“O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco.” (Filipenses 4:9 – ACF).
#2 Encontros intencionais
Quanto aos encontros intencionais, podemos dizer que são igualmente válidos e necessários, embora somente eles não sejam o discipulado em si, na plenitude do ensinamento que Cristo deixou.
Em contrapartida, os encontros marcados são fundamentais, visto que são eles que permitirão um momento maior de estudo da palavra – ou um livro cristão – e de oração entre o discipulador e seu discípulo.
Além disso, essa dica é indispensável quando a igreja está recém iniciando na prática de discipulado, considerando que é aqui que essa ferramenta começará a se tornar uma cultura na igreja.
Nos encontros intencionais, inicie com uma conversa casual, e depois vá se aprofundando em questões como a confissão de pecados e aquele momento de “abrir o coração”. Veja alguns exemplos:
- “Como você está?”
- “Como está o seu relacionamento com Deus? Sua vida espiritual?”
- “Como está a sua família / trabalho / estudos?”
- “Como está a sua vida ministerial?”
Nesse último tópico, é importante que você tente compreender como está o coração do seu discípulo em relação ao ministério de Cristo. Ele se mostra animado? Disposto? Ou está desanimado e não está priorizando isso?
Jesus, enquanto o maior discipulador que já passou por aqui, procurou preparar os seus discípulos para que estes fizessem obras ainda maiores do que Ele fez. Por isso, invista na vida dos seus discípulos para que cada um deles exerça seu ministério, e ainda comece a discipular outro, a fim de que o ciclo se repita.
A partir daí, a conversa se desenrolará, e é aqui que você entra: procure ser simples em suas palavras (ponto que abordaremos à frente), e mostre que você se importa genuinamente com seu discípulo, e que ele é como você.
Inclusive, os encontros de discipulado não precisam ser na igreja ou algo do tipo, como uma das celebrações do cronograma da congregação. Você pode escolher um lugar bacana para levar seu discípulo para tomar café, por exemplo, ou convidá-lo a sua casa. Estamos falando de…
#3 Uma mesa e um papo sobre a vida
São nos momentos de comunhão que o relacionamento entre discípulo e discipulador começa a se desenvolver e se aprofundar.
É de extrema importância que se tenha momentos descontraídos no discipulado. Um lanche, um cinema, jogar boliche ou sair ao ar livre para uma corrida, talvez, são alguns exemplos bem legais de como realizar esses momentos.
Dizemos que isso é importante não só pela diversão ou pelo momento agradável, mas também porque são esses momentos que possibilitam ao discípulo enxergar seu discipulador como um amigo, alguém que é igual a ele e com quem ele pode contar sempre.
Assim, o discipulado irá se incorporar na vida do discípulo enquanto uma prática cotidiana de quem caminha com Cristo em boa companhia, e não apenas como uma obrigação da igreja com alguém que ele enxerga como “superior”, ou a alguém a quem ele deve prestar contas.
Com o momento de mesa e papo sobre a vida, consequentemente as coisas irão fluir, e ainda de forma agradável e muito gostosa.
#4 Oração contínua por seu discípulo
Nossa quarta dica sobre o que fazer no discipulado tem relação com cobertura espiritual e cuidado.
Sem oração, o discipulado pode ser qualquer coisa, menos discipulado.
Lembre-se que, apesar dessa prática ser muitas vezes descontraída e leve, é em grande parte sua responsabilidade fazer com que o discípulo tenha sua vida transformada por Jesus, e isso não é possível sem oração.
Por isso, esteja sempre lembrando do seu discípulo em suas orações, pedindo que o Espírito Santo o convença do pecado, da justiça e do juízo, e intercedendo pelas causas expostas nas conversas e nos encontros de vocês.
Além disso, uma coisa muito importante: você, discipulador, precisa cultivar uma vida de oração própria. Como falamos, não adianta nada você ensinar a alguém uma coisa que você não pratica.
Considerando que o Evangelho é vida, ele precisa ser demonstrado no dia a dia através de ações concretas.
#5 Ouça muito e fale com simplicidade
Nossa última dica sobre o que fazer no discipulado é: seja simples, tanto no falar, quanto no viver.
Não procure “impressionar” seu discípulo com palavras difíceis ou conhecimentos teológicos complexos. Antes disso, faça tudo com amor e com a postura humilde de um servo que reconhece que é amado e deseja transmitir isso através do seu comportamento.
Lembre-se que o discipulado não é um culto, uma palestra ou um monólogo, mas um diálogo entre duas pessoas que se encontram na mesma posição – nunca com superioridade ou com julgamento.
Para isso, lembre-se sempre de Jesus, que embora sendo Deus, ajoelhou-se perante aos seus discípulos para lavar-lhes os pés, ainda que soubesse que todos o abandonariam poucas horas depois.
Em suma, se você nos perguntasse o que fazer no discipulado e nós pudéssemos resumir todo esse artigo em uma frase, seria mais ou menos assim:
Olhe para Jesus.
Como posso organizar os discipulados na minha igreja?
Com o intuito de ajudar a sua igreja na organização e na logística do discipulado, queremos te apresentar ao Atos6 Gestão de Membresia.
Conhecendo os membros da sua igreja e tendo um controle sobre todos os dados, é possível perceber, acompanhar e encaminhá-los ao discipulado. Assim, todos estarão sob essa visão, muito bem ensinados, cuidados e amados.
O Atos6 Gestão de Membresia também possibilita com que você:
- Conheça a fundo seus membros, onde moram, sua função na igreja, quem são seus parentes e vínculos;
- Gerencie e qualquer informação dos seus membros;
- Acompanhe de perto os novos convertidos;
- Direcione quem precisa de apoio para algum discipulador;
- Acompanhe o crescimento da sua igreja e da sua membresia;
- Visualize gráficos de consolidação semanal e mensal.
Saiba todos os detalhes clicando no botão abaixo:
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Leia também: Como a igreja pode cuidar da saúde dos seus membros